A contagem regressiva começou. Entre os dias 10 e 21 de novembro de 2025, o mundo voltará os olhos para o Brasil.
A cidade de Belém (PA) será palco da COP30, a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas — um evento histórico que reunirá líderes globais, empresas, ONGs e representantes de comunidades tradicionais para discutir o futuro do planeta.
Mas, além das pautas ambientais, a COP30 também se tornou um símbolo de posicionamento de imagem, reputação e comunicação — tanto para governos quanto para marcas.
O que é a COP30 e por que ela é tão importante?
A COP (Conference of the Parties) é o principal evento internacional sobre mudanças climáticas, realizado anualmente pela ONU.
Em 2025, o Brasil sediará a conferência pela primeira vez na Amazônia, uma região símbolo da luta ambiental global.
O local da COP30 tem um significado profundo:
➡️ a Amazônia representa não apenas biodiversidade, mas também o centro das decisões sobre transição energética, justiça climática e preservação das florestas.
➡️ a escolha de Belém reforça o papel do país como protagonista nas discussões ambientais — e um dos maiores responsáveis por equilibrar desenvolvimento e sustentabilidade.
Antes mesmo de começar, a COP30 já movimenta o Brasil
A poucos meses do evento, Belém vive um cenário de intensos preparativos e desafios.
A alta no preço da hospedagem causou repercussão internacional — inclusive levando o presidente da Áustria a cancelar sua participação.
Diante das críticas, a Justiça do Pará determinou que plataformas como Booking e Agoda controlem preços abusivos, sob pena de multa diária.
A decisão obriga as empresas a ajustar valores até três vezes superiores à média local e informar aos usuários sobre tarifas desproporcionais.
👉 Essa polêmica, além de destacar questões logísticas, também reforça a importância da gestão de reputação — algo essencial em tempos de comunicação digital acelerada.
Logística e acessibilidade: transporte gratuito confirmado
Para facilitar a locomoção dos mais de 40 mil participantes esperados, o governo brasileiro anunciou transporte gratuito durante todo o evento.
Serão 15 linhas exclusivas de ônibus, com funcionamento 24 horas por dia, entre 1º e 23 de novembro.
Além disso, haverá opções de transporte por aplicativos, táxis, bicicletas compartilhadas e locação de carros.
A Movida foi anunciada como locadora oficial do evento.
Essa medida é vista como um avanço na organização e uma resposta direta às críticas sobre infraestrutura, reforçando o esforço do país em entregar uma COP exemplar.
O debate público sobre a COP30 nas redes sociais
Segundo análise da Quaest, entre julho e setembro de 2025, foram 2,1 milhões de menções à COP30 nas redes sociais — um número expressivo que mostra o poder da pauta.
Mas o monitoramento também revelou dados preocupantes:
- 37% das publicações tiveram tom negativo, citando logística e altos custos.
- Apenas 20% das menções abordaram os temas centrais da COP, como justiça climática, povos indígenas e transição energética.
Ou seja: o desafio não é só logístico — é também de comunicação.
As marcas e lideranças que conseguirem ampliar a qualidade do diálogo sobre o clima sairão na frente em relevância e credibilidade.
Marcas, ESG e o novo marketing verde
A COP30 não será apenas um evento político.
Será uma vitrine global para empresas que apostam em sustentabilidade real — e não apenas em discursos vazios.
Marcas com posicionamento claro em ESG (Ambiental, Social e Governança) terão a oportunidade de:
- Reforçar seu compromisso com o planeta
- Mostrar ações concretas de impacto positivo
- Engajar consumidores que priorizam propósito e responsabilidade
Mas atenção: o público está mais crítico.
O greenwashing (fingir ser sustentável sem de fato ser) é rapidamente desmascarado nas redes.
Por isso, autenticidade e transparência serão palavras de ordem antes, durante e depois da COP30.
O impacto da COP30 na imagem do Brasil e das empresas
Como destacou a jornalista Fabiana Rosa, o Brasil vive um momento duplo: se prepara para a COP30 e para um novo ciclo eleitoral.
As decisões tomadas agora poderão influenciar a imagem internacional do país e também o cenário político interno.
Na prática, o evento é uma vitrine mundial.
O sucesso da COP30 será medido não apenas pelos acordos firmados, mas também por como o país e suas instituições se comunicarão com o mundo — e isso inclui empresas, mídia e influenciadores.
O protagonismo indígena e o G9 da Amazônia
Outro marco importante é o fortalecimento das lideranças indígenas.
O chamado G9 da Amazônia, formado por representantes de nove países amazônicos, se organiza para participar ativamente da conferência — exigindo voz nas decisões sobre o futuro da floresta.
Dados mostram por quê:
Entre 1985 e 2023, os territórios indígenas no Brasil perderam apenas 1% da vegetação nativa, enquanto áreas privadas perderam 28%.
Isso reforça que proteger quem protege a floresta é essencial para alcançar o desmatamento zero até 2030.
A COP30 é mais que uma conferência — é um ponto de virada
A COP30 será um divisor de águas para o Brasil — e também para o marketing.
Governos, empresas e criadores de conteúdo terão a chance de mostrar compromisso real com o planeta e educar o público sobre sustentabilidade com propósito.
Belém, a cidade que liga o Brasil ao mundo pela Amazônia, será o palco de uma discussão que vai muito além do meio ambiente: trata-se de futuro, de reputação e de responsabilidade compartilhada.
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